MST Ceará faz doação de alimentos para famílias carentes de Itapipoca

 

Famílias recebendo os kits de alimentos doado pelo MST nas proximidades do lixão de Itapipoca

No dia ontem, 25 de julho, data comemorativa ao dia Trabalhador e Trabalhadora Rural, o MST Ceará por meio da Brigada Manoel, realizou a doação de 110 kits de alimentos com produtos agroecológicos vindos dos Assentamentos e Acampamentos dos municípios de Uruburetama, Trairi, Tururu e Itapipoca.

Para essa realização, as famílias acampadas e assentadas realizaram arrecadações nas comunidades dos produtos da lavra: feijão, arroz, farinha e fécula de mandioca, coco seco, macaxeira, Jerimum, Batata doce e verduras.

As contribuições foram repassadas para coordenação do movimento, que organizou os kits e a logística de entrega junto a Secretaria de Ação Ação Social e Direitos Humanos de Itapipoca. As entregas aconteceram em dois pontos focais: no lixão de Itapipoca para 80 famílias e na sede do CRAS Maranhão para 30 famílias.

Para Flavio Barbosa, membro da coordenação do MST as doações de alimentos para as famílias carentes, foi um "ato de solidariedade entre os trabalhadores do campo e da cidade", foi um gesto de apoio as famílias que passam insegurança alimentar para sustentar os filhos, a fome mata e muitas famílias estão passando por muita necessidade durante esse período especial de crise social, sanitária e econômica, sem trabalho, as condições de vida fica muito difícil, como no caso das famílias que catam materiais reciclável em meio ao lixão com risco de acidentes e doenças.

Segundo Barbosa, os alimentos doados pelas famílias Sem Terra não podem ser compreendido como um ato de caridade, como é muito comum às pessoas doar daquilo que não lhes fará falta. No caso do MST, a doação é uma partilha do alimento que foi produzido na terra livre e conquistada por famílias que ousaram se organizar, lutar e conquistar um território de trabalho e dignidade para viver no campo. E, conclui, o MST está a "disposição para apoiar a luta dos trabalhadores por Terra, Trabalho e Dignidade no campo e na cidade".

NOMES e NÚMEROS

Assentamentos

Itapipoca (Maceió, Timbaúba, Ramada Croata, Córrego dos Tanques)

Tururu (Novo Horizonte e Mulungu)

Trairi (Batalha)

Uruburetama (Acampamento Esperança da Terra)

Parcerias

CRAS Maranhão

Secretaria de Ação Social e Direitos Humanos

Escola do Campo de Ensino Médio Maria Nazaré de Sousa

Equipe de trabalho na Escola Maria Nazaré de Sousa organizando os kits

Entrega de kit para família que trabalha no lixão


Trabalho de entrega dos kits de alimentos coordenado pela equipe do CRAS do Maranhão


ASSENTAMENTO MACEIÓ PARTICIPA DE MUTIRÃO “PRAIA LIMPA”

Juventude presente na Praia de Maceió, local de resistencia e defesa do territorio costeiro
Foi realizado na manhã de ontem (08), um mutirão de limpeza da orla de Itapipoca. Uma iniciativa da Secretaria de Turismo e Instituto do Meio Ambiente do municipio de Itapipoca, o objetivo da ação foi despertar na população local, a valorização do território e o respeito ao meio ambiente. 
Delegação da comunidade de Apiques / Assentamento Maceió 

O Assentamento participou da ação com delegações de várias comunidades nos locais de concentração da Barrinha de Maceió, Acampamento Nossa Terra e Praia de Apiques. O MST e a Escola do Campo Maria Nazaré de Sousa se somaram a inciativa. Segundo a Prefeitura Municipal foram coletados 3.700kg de lixo durante o mutirão. 

Os principais materiais inorgânicos encontrados são plásticos, isopor, borracha, ferro, vidro, náilon... os tipos de lixo estão associados ao consumo doméstico, principalmente pelo turismo convencional; às embalagens plásticas são o principal contaminante da fauna aquática marinha, pelo fato desses materiais ter aparência de algas, e os animais em especial as tartarugas ingere e tem sua vida ceifada. 

Na orla do município, temos uma média de uma morte de tartaruga por semana, uma hipótese  associada a ingestão de plástico ou aprisionamento em redes de pescas. Outro material inorgânico bastante encontrado é o náilon, que tem seu uso associado ao extrativismo, atividade de pesca artesanal. 

Ressalta-se a hipótese de que boa parte desse lixo ancorado na orla de Itapipoca, tem sua origem em outras praias do litoral oeste e são carreadas pelas correntes de marés. Uma prova desse movimento das ondas é a existência de sementes mangue que podem ter origem na foz do rio Mundaú.
Acampamento Nossa Terra / Praia de Maceió

Vereador Antonio Alves e comitiva participando do mutirão

Secretario Adjunto da SDA, Antonio Filho (Pequeno) e comitiva da prefeitura